Bicho homem

Não tenho lar.
Meu chão é a terra
Incerto,
O céu e o luar
São o meu teto.
Não me apego a nada não.
Animalesco.
Só estou seguro descalço
Pés no chão.
Pensamento no ar.

Manifesto I

Quando o sistema começar a ruir,
As antigas crianças chorarem por perder seus brinquedos
E os homens que antes acreditavam em toda a mentira,
Perceberem que toda a superstição, engodo e calúnia
Era uma maneira de controlá-los,
Haverá medo.
E do medo, a força, dela a coragem e da coragem...
Da coragem surgirá a vitória.
E dela a verdade.
Mas, até lá
Estarão todos fadados a andar com muletas.
Clamar por piedade e compaixão
De um deus morto.

Rock

Saudade do roque antigo.

Daqueles com pianos e gritinhos.

O sensual e o arrumadinho.

Daquele escarrado, revoltado.

O tenebroso, excomungado.

O mal de hoje,

É que todo mundo é...

Acomodado.

Escada

-Levanta.
-Você sempre disse ser forte, então se ergue! Não era você que não ia desistir? Então para de remoer tanto esse teu passado, se culpar por coisas que nunca fez ou que devia evitar. Acabou. PASSOU.
-Então, LEVANTA! Se é o homem que vai estar ao meu lado, ao menos se faça prestativo. Quem é você pra viver nessa medingância enquanto eu vivo e luto por nós? Pois todos temos problemas e é isso que nos fortalece. Se as pessoas não o entende, esqueça!
-Levanta... Por que eu preciso do seu abraço... E lembro de quando bastava e era tudo que podia me dar.

Jannet Piaf - O sonhador desempregado