sábado, 26 de junho de 2010

Poesia urbana

A fúria dos novos dias
Invade os meus sentidos.
Não há medo ou espanto
Só estranho, não sinto nada.

Olhos antes ocultos,
Amigos que já não tenho.
A brutalidade do silêncio,
No tique-taque e nos agudos.

Ouço a faixa, não sei o nome.
Estou no jogo, não sei o esquema.
O panorama, o teorema.
Sua poesia, veneno puro.

Sinto a noite, fumaça e carros
Aperto o passo, sereno e vento.
Sinto a vertigem, o meu momento.
Concreto frio. Mentira e tempo.